Alegrias e tristezas no futebol...

Ao garantir a inédita classificação do Iraque à final da Copa da Ásia, o técnico brasileiro Jorvan Vieira entrou para a história do selecionado daquele país. O brazuca, que está há quase 30 anos treinando fora do Brasil, disse que teve muitos problemas durante a sua gestão, mas que agora podia comemorar a conquista histórica.

"Tive muitos problemas nestes dois meses. Em todos os setores: condições de trabalho, alimentação, relacionamento, gestão, além de conflitos étnicos e religiosos. Teve muita gente no Iraque contra mim, eles não queriam a minha contratação. O último treinador brasileiro na seleção foi o Evaristo de Macedo, em 1986. Desde então só teve iraquiano no comando. Agora, nós somos vencedores e aqueles que criticaram não são. Eu acho que sou mais iraquiano do que eles agora", afirmou.

Apesar disso, durante as comemorações da classificação no Iraque, terroristas aproveitaram a reunião da população para explodir bombas e matar, literalmente, a alegria do povo já massacrado. Um triste fato, mas que para Vieira não mancha o feito dos jogadores.

"Fico triste, porque me sinto culpado pelo que aconteceu no Iraque durante as comemorações. No entanto, posso dizer que estes jogadores estão dando uma lição de que é possível a convivência de diversas etnias, credos e crenças", destacou durante entrevista para a Rádio Gaúcha.

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